A nova versão do Archimate, a linguagem de modelagem corporativa do Open Group

Foi publicada oficialmente nessa semana a especificação do Archimate 3.0, linguagem de arquitetura corporativa do Open Group.

Se você nunca ouviu falar do Archimate, montei um diagrama de Venn para ajudá-lo a se posicionar no mundo das linguagens de modelagem em TI.

Relação de Linguagens de Modelagem
Relação entre o Archimate e outras linguagens de modelagem

Note que o Archimate não substitui a modelagem de dados (IDEF1X) ou a modelagem de classes da UML ou mesmo a modelagem de processos do BPMN. Ele os complementa e os integra em uma visão muito mais ampla, chamada de modelagem corporativa. O Archimate possui um grande conjunto de construtos de modelagem e permite que trabalhemos mais de 30 pontos de vista de modelagem para capturar os diversos aspectos de uma organização de maneira integrada, da sua motivação até a sua implementação física.

Na figura baixo podemos observar essa extensão da linguagem ao longo das cores – Lilás, para modelagem da visão estratégica e visão de motivação, Amarela – Visão de negócio, Azul – Visão de aplicação, Verde – Visão de Tecnologia e Salmão – Visão de Implementação e Migração.

Extensão da linguagem Archimate

No seminário realizado nessa semana pudemos acompanhar as novidades com o Mark Lankhorst, líder da especificação, que incluem:

  1. Introdução de duas novas camadas de modelagem. A camada S para modelar estratégia e camada P para modelar aspectos físicos da sua organização.
  2. A introdução de *Business Capabilities* como um recurso oficial de modelagem. Business capabilities (ou capacidades de negócio) permitem representar em amplitude as competências que a sua organização possui.
  3. A introdução de elementos para modelagem estratégica, como *Course of Action* e *Resource*.  Estratégias e táticas organizacionais, por exemplo, podem ser modeladas como um curso de ação. E ativos organizacionais podem ser modelados como recursos.
  4. Maior alinhamento com o TOGAF 9 (Framework de Arquitetura Corporativa)  do Open Group.
  5. Introdução de qualificadores de cada elemento da linguagem para representar se o mesmo está sendo na camada M (Motivacional), S (Estratégia), B (Negócio), A (Aplicação), T (Tecnológico), P (Físico), I (Implementação e Migração).
  6. Introdução de um meta-modelo que explica a estrutura geral da linguagem.
  7. Algumas novas notações e reorganizações gerais que trouxeram mais ortogonalidade à modelagem.

Fica aqui a dica. Se você precisar desenhar a “planta da cidade” da sua organização, não pense duas vezes, use o Archimate pois ele é uma linguagem excelente para esse fim. Observamos que vários arquitetos de aplicação e arquitetos corporativos no Brasil tem usado essa linguagem e baseado em experiência prática, ela tem sido muito útil no meu trabalho para me ajudar com a modelagem sistêmica de organizações complexas.

E, para esclarecer uma dúvida comum, o Archimate não é uma ferramenta. Ele é “apenas” uma linguagem de modelagem de arquiteturas corporativas. Se você quer usar uma boa ferramenta que suporta a linguagem Archimate, recomendo o ArchiTool.

Para acompanhar o projeto do Archimate 3.0 ou mesmo baixar a nova especificação, siga este link.

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